Ponte da Misarela ou Ponte do Diabo, Vieira do Minho

A lenda da Ponte da Misarela ou Ponte do Diabo, situa-se a Norte de Portugal, sobre o Rio Rabadão, sendo afluente do rio Cávado, tendo a seu lado a cascata da Misarela em pleno centro do Gerês. Construção medieval feita de granito em forma de arco.


LOCALIZAÇÃO

A ponte também conhecida por Ponte da Fertilidade, situa-se no concelho de Vieira do Minho, na freguesia de Ruivães. A ponte do Diabo ou Ponte da Misarela faz ligação entre Trás os Montes e Minho.


LENDA (Lenda contada entre os moradores locais)

“Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça encarniçadamente perseguia por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza. Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa. Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. ‘Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma’, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente.

O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte. Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. 

A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.“
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LAZER

Muitos moradores e jovens aproveitam as águas frias do rio Rabadão para estender a toalha e dar uns mergulhos mesmo por baixo da ponte da Misarela ou ponte do Diabo. Entre rochas e vegetação, estende-se a tolha sobre a pedra e aproveitam o sol de verão.

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